O grande dia chegou!
Tive muito receio de que a expressão popular “coração saindo pela boca”
pudesse se concretizar realmente, pois essa era a minha sensação desde que abri
os olhos na manhã do dia 05/02/2013.
Revivi o meu retorno ao trabalho em outubro de 2011, depois dos 7 meses
de licença maternidade. Que angustia
imensurável.
Naquela ocasião eu estava deixando a minha bebezinha linda,
indefesa e dependente aos cuidados de outra pessoa pela primeira vez nas nossas
vidas, mas ainda em nosso lar. Agora a história é outra. Vou deixar minha menininha linda, voluntariosa
e (in) dependente, na escolinha, fora do aconchego da nossa casa, com várias
outras criancinhas sob os cuidados de “tias” ainda desconhecidas... Será que o
meu coração vai aguentar? Será que a
pequena vai gostar ou vai chorar até ficar roxa? Só o tempo para dizer.
Havia
várias semanas que conversávamos sobre essa nova fase e acho que ela já
tinha absorvido bem a ideia de que iria ficar um período do dia fora de
casa, que teria uma tia nova na escolinha e um monte de amiguinhos. Chegado o dia, busquei dentro de
mim toda a segurança de que estava fazendo a coisa certa, me revesti dela e
demonstrei à nossa filha todo o meu contentamento por ela está dando mais um
passo rumo ao “mundão de meu Deus” que a espera lá fora. E não deu outra, animação geral da mais nova
estudante do pedaço. Alguém duvida?
Vamos aos detalhes sórdidos....
13h desembarcam papai, mamãe e filhota em frente à escolinha e adentramos no recinto escolar. Eu sem saber muito bem como me comportar, o que falar, para onde ir, por onde começar, afinal eu também era estreante. Tentei relembrar os meus primeiros dias de aula quando criança e recordei que a primeira coisa à fazer era localizar a sala de aula e lá fomos nós.
1ª impressão: é uma escola ou um hospício? Crianças correndo e gritando para todos os lados, choros desconsolados pátio à fora, bolos de crianças descendo dos escorregas, escalada de brinquedos.. Aff. Tudo, claro, monitorado por um batalhão de "tias" vestindo azul, mas a sensação era de um frenesi geral.
Localizamos a sala, fizemos uma breve ambientação pois, a essa altura, Fernanda estava desesperada querendo a todo custo se meter no meio das outras crianças e brincar no "paquinho". Lá fomos nós. Deixamos que ela ficasse à vontade e brincasse bastante até que os outros coleguinhas de turma chegassem. Tirá-la do tal do parquinho foi uma tarefa árdua que coube à mim. Não teve argumento que evitasse a crise de birra, com direito a choro, grito e etc.
Fiquei todo o tempo dentro da sala com ela, mas logo percebi que a adaptação não seria difícil. Ela só me procurava para conferir se eu continuava lá, mas se envolveu facilmente com as atividades, o que me deixou muito feliz e tranquila, sinal de que ela não está sofrendo.
O lanche não foi tão ruim, mas também não me contentou completamente. Além do brinde (pipoca com algodão doce que ela devorou rapidinho) teve pão bisnaguinha com requeijão e suco de acerola. O pão comeu quase todo, mas o suco tomou menos da metade.
A minha 1ª turminha...
Éramos 9 crianças, 7 meninas e 2 meninos, tinha um par de gêmeas idênticas que choraram a tarde inteira, alguns coleguinhas mais velhos e outros quase da minha idade. Acho que vou ser feliz aqui!
É certo que ainda temos algumas etapas da adaptação a serem superadas, mas acho que nos saimos muito bem nesse primeiro dia e que venham os próximos.
Desejamos toda sorte de bençãos para a Fernanda no início dessa imensa jornada de estudos que perdurará por anos à fio e, se Deus quiser, proporcionará muito sucesso na sua vida adulta.
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