Esse post eu quero dedicar as mães de antigamente. A minha, a sua, as nossas mães, tias e avós. Mães que tiveram não 1 ou 2 filhos, mas 3, 4, 5, 6,...10,...15... filhos, às vezes com intervalos inferiores à 12 meses. Mães que nos dizem orgulhosas que, sem ajuda alguma, seja de marido (os pais de antigamente não se envolviam muito, ou nada, nos cuidados com os filhos) ou de alguma secretária do lar, diarista, babá ou similar, conseguiam cuidar dos filhos, do marido, da casa, do almoço, da roupa suja (sem máquina de lavar!!!!), etc. e ainda produzir leite. Cada dia que passa eu acho esses relatos mais incríveis.
Há quase uma semana estou sozinha com nossa bebê e confesso: não pensei que seria tããããããããããããããããããão difícil. Eu faço parte do time das mães de hoje em dia, que confessam, sem qualquer pudor, que cumprir as tarefas domésticas e ser a mãe que sonhamos ser, é quase uma missão impossível. Mães que têm mais habilidade com computadores, números e papéis, e menos intimidade com o fogão ou o tanque.
Hoje, eu, acostumada a tomar várias decisões diariamente no trabalho, até por força da profissão, tenho me visto diante de "complexos" dilemas: "lavar a roupa ou fazer o feijão?", "tomar banho ou limpar a casa?", "postar aquela foto linda da Fernanda na net e publicar um post no blog ou almoçar?". Tentei aplicar o que aprendi na Universidade sobre processo decisório, mas não ajudou... Minha cabeça tem estado à mil por hora e não sei se deveria ser assim. Não tenho um monte de emails para responder, nem problemas com pessoal, contratos, sistemas, etc. para resolver, nem prazos à cumprir, mas a agitação é tremenda. Ao fim do dia a exaustão é inevitável.
E como fazer o nosso filho dormir, pacientemente, sem chorar junto com ele, depois das 23:30h? Só mesmo sentindo em nós o cheirinho de bebê que exala daquele corpinho minúsculo e frenético que teima em não adormecer; lembrar do quanto desejamos nosso bebê; recordar as emoções da gravidez e deixar o amor aflorar para depois dormir algumas poucas horas e começar tudo de novo, revigorando-se ao ver aquele sorrisinho despretencioso que ganhamos toda vez que surgimos diante dos olhos dos nossos filhos. Ser mãe é, realmente, padecer no paraíso.
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